Olho a charneca sob um sol ardente,
ondulando ao ritmo quente do suão.
Serpenteiam répteis de corpo fremente,
lutando pela vida, acariciando o chão.
Sob o solo outros seres da planura,
escondem-se do sol implacável.
A hora da sesta convida à brandura
pausando a vida no Alentejo admirável
Planam no céu rapinas de olhar atento.
Pobres os que ignorantes se aventuram
a ser, por certo, o tão desejado sustento
dos que, sendo mais fortes aqui perduram!
Mª Dulce Branquinho
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