domingo, 10 de junho de 2012

Há vida na planície


Olho a  charneca sob um sol ardente,
ondulando ao ritmo quente do  suão.
Serpenteiam répteis de corpo fremente,
lutando pela vida, acariciando o chão.

Sob o solo outros seres da planura,
escondem-se do sol  implacável.
A hora da sesta convida à brandura
pausando a vida no Alentejo admirável

Planam no céu rapinas de olhar atento.
Pobres os que ignorantes se aventuram
a ser, por certo, o tão  desejado sustento
dos que, sendo mais  fortes aqui perduram!

Mª Dulce Branquinho

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