terça-feira, 9 de outubro de 2012

Nove anos depois de ti, Mãe


Nove anos sobre o dia em que te perdi,
aumentaram a saudade pela tua ausência.
Sofro se lembro o último dia em que te vi
Aperta-se o coração pela tua inocência.

Não sei se me ouvias ou se me vias
em angústia vendo aproximar-se o fim
Nem tão pouco sei se a morte sentias
rondar-te qual abutre, sem dó de ti nem de mim.

Chorei tua partida, não mais te quis ver
Senti, como jamais pensei vir a sentir
a dor, a mágoa que para sempre vou sofrer
de te não ter, de te não ver, sempre a sorrir.

Lá onde estiveres, tocada pela felicidade,
alivia-me pensar que poderás tê-la ainda mais
pois, com a vida insatisfeita e na amizade
Lutaste até teu barco chegar ao triste cais!

Mª Dulce Branquinho