Vejo-te a alma no olhar
frio e distante,
Sinto-te longe pelo bater do coração,
lento, sem chama.
Secam-me os olhos,
arrefece-me a alma,
chove no meu peito
dói-me o sentir,
cada dia mais
pela tua lonjura.
Frio está o fogo
do sangue que em nós
fervia.
Restam hoje as cinzas
já geladas pelo tempo
que correu
sobre esse passado
tão feliz!
Mª Dulce Branquinho