quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Horizonte incerto


Olho o horizonte coberto pela espessa neblina
Imaginando as  formas ocultas pelos seus limites,
linha final ténue e indistinta, no cimo da colina,
Cerro  meus  olhos e vejo somente rostos tristes.

Aprendo a ver nas sombras  cruas e cinzentas
os raios quentes de sol sorrindo só para mim,
reconfortantes, abraçando minhas tormentas,
dolorosas penas, pérolas pisadas, dor sem fim.

São mais leves as dores quentes, amaciadas,
por toda a minha vida  poder fazer sentido.
Tenho a cabeça a alma  e dores  tão aliviadas,
Por fazer meu rasto  num caminho mais florido.

És tu , filho, flor do meu jardim muito cuidado,
a força do meu longo caminho sinuoso,duro e só!
Mesmo quando não há sol no céu escuro e nublado,
a boca é fel, a alma sangra e o coração digno de dó!

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