O meu percurso de batedora insaciável,
numa selva a transpor
os limites do meu possível,
é feito de múltiplos muros,
cuja escalada é,
Apenas,
a dos Himalaias.
O meu Evereste poderá ser
o meu próprio ascender
ao Além.
ou
o esgotamento da vontade de o alcançar!
Interrogo a minha progressão
e ela revela-me a ânsia do que está
para além de si.
A cada passo abrem-se-me alçapões,
tão escuros, tal os horizontes que descortino.
A cada passo me surgem véus finíssimos
que me deixam entrever
contornos de coisas possíveis.
Suavemente,
a medo,
levanto-os e suspendo
a respiração,
para logo a retomar,
em plena desilusão.
Toda a magia do desconhecido
se diluíra
na dureza do usual.
Nos meus olhos frios de amargura,
marejados de contrariedades,
rasos de prantos inúteis,
reflete-se agora,
não a leveza dos contornos das coisas ilusoriamente
possíveis,
mas,
O peso frio da realidade,
dos possíveis impossíveis,
da magia desvendada,
da imaginação reprimida,
do Tudo, do Nada!
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