terça-feira, 11 de junho de 2013

Céu cinzento



Povoam nosso céu nuvens lentas,
de uma tristeza cinzenta que
em lágrimas ainda não se desfez.
Choram almas, partidas,
saudosas dos que nelas cavalgaram
para, noutras paragens,
transformarem a dor.
A dor não acaba, apenas se adia
e esconde numa euforia doente.
Há nuvens no nosso peito
que teimam e queimam e doem e
criam raízes que
dão flores tristes, sedentas,
de cores desmaiadas por um sol
que já não aquece, não dá vida,
não alegra.
Melhores dias, virão?

Mª Dulce Branquinho


1 comentário:

Isabel del Toro Gomes disse...

Gostei muito.
Melhores dias virão, de certeza. O pior é não se saber quando, não ter a terra à vista!
Eu acredito que depois da tempestade vem sempre a bonança. A poesia faz parte da bonança e contribui para a esperança!!Bjs