É Verão!
o sol ondula por sobre
as searas douradas.
Som, apenas o do silêncio
entrecortado pelas cigarras,
incansáveis na procura de uma brisa.
Água apenas na forma de seiva que,
teimosamente alimenta o pão, o ouro
e a cortiça.
É lindo o alentejo, até no Verão!
É puro, limpo, natural o seu pulsar
letárgico, quase morto.
Há nele, porém tanta vida,
tão intensa,
quanto discreta.
No horizonte há silhuetas de aves,
mães estremosas, cuidando do seu lar.
Há recortes de árvores retorcidas pelo sol,
desesperadas por manter a vida, olhando o céu
na esperança de uma nuvem!
Há um aroma forte a ervas, tojo,
carqueja, alecrim e rosmaninho que,
desinteressadamente,
dão cores à planicie, paleta única e
incomparável!
1 comentário:
Gostei muito deste poema, e retrata muito bem o belo Alentejo
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