Na tarde cálida e sugestiva havia em mim
a certeza de um prazer único que se adivinhava
indelével em cada poro,
em cada canto do meu corpo,
já ardente...
O meu vestido preto exalava um calor
mais forte, mais penetrante e o corpo fremente,
pedia, implorava!
Nos nossos corpos sentíamos o cheiro
a desejo que nos impelia, nos instigava...
A cada toque teu, suave, quase impercetível,
o meu corpo ia-se libertando do real...
Empurrados, um contra o outro, sentia-te
numa lascívia estonteante e incontrolável!
Era a ameaça do vulcão a acordar...
Entre gemidos, voltas, beijos molhados,
mãos em cada canto, bocas partilhadas,
corpos enrolados, o vulcão finalmente
explodia!
Como se fosse o fim da existência, havíamos entrado
numa outra Dimensão onde o racional se tornou
inútil, onde a lascívia vencia a timidez e o desejo
comandava sem limites ou pudores!
Tocada em cada canto,surpreendida a cada momento,
Fui Mulher,
Fizeste-me Mulher!
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