quinta-feira, 16 de julho de 2015

Embaixadora do AMOR



A vida, essa madrasta, ceifou-me
uma amizade longa e de exemplo.
Quando o corpo cede à doença
de um século de progressos em
admiráveis conquistas e guerras
tão vis quanto o ódio pode construir,
sinto chamas, sinto dor!

É desses progressos amaldiçoados
que a minha revolta agora fala.
De alguém pela paz, pela ajuda
num desinteresse apenas movido
pelo amor e pela amizade.
Alguém que ninguém pode esquecer!

Foi agora desferido mais um rude golpe
no meu peito,na minha razão.
Tão cruelmente irónica a nossa existência.
Era ela, a minha amiga, de uma dedicação
a todos os frágeis que não pôde  ser retribuída,
A quem ninguém pôde valer!

Apenas fica a lembrança dolorosa, ainda quente .
Estás onde estiveres, mais tranquila,
mais em paz.
És e serás para sempre recordada
a grande embaixadora do AMOR!

Poema dedicado à minha querida amiga Maria Fernanda Agulheiro


1 comentário:

Anónimo disse...

Lindo! E é tudo tão verdade. Obrigado por partilhares este poema tão lindo para uma pessoa também tão bela.