Urbano Tavares Rodrigues morre aos 89 anos deixando uma obra admirável repleta de Humanismo
e de uma visão concreta da vida e do sofrimento humano, de uma consciência do indivíduo face a si mesmo e aos outros até ao reconhecimento de uma identidade social e política.
Autor prolífico, figura como um dos mais prestigiados escritores da segunda metade do século XX em Portugal, sendo a sua obra marcada pela consciência do indivíduo face a si mesmo e aos outros, até ao reconhecimento de uma identidade social e política. Além de romances, escreveu em diversas revistas e jornais, como o Bulletin des Études Portugaises, a Colóquio-Letras, o Jornal de Letras, Vértice, Nouvel Observateur, entre outros. Foi director da revista Europa e crítico de teatro d'O Século e do Diário de Lisboa. Enquanto repórter percorreu grande parte do mundo, tendo reunido os seus relatos de viagem nos volumes Santiago de Compostela (1949), Jornadas no Oriente (1956) e Jornadas na Europa (1958).
Partidário de um comunismo ortodoxo, Urbano afirma que a sua obra foi influenciada pelo existencialismo francês da década de 1950; mais tarde, na sequência da sua detenção no forte de Caxias, durante o salazarismo, surge como autor da literatura de resistência, a que se seguiu um novo período, mais optimista, no pós-25 de Abril.
Recebeu variados galardões literários, como o Prémio Ricardo Malheiros, da Academia das Ciências de Lisboa, com a obra Uma Pedrada no Charco — é de salientar que o seu pai, Urbano Rodrigues, já tinha vencido este prémio na edição do ano de 1948, com a obra O Castigo de D. João —, o Prémio da Associação Internacional de Críticos Literários, o Prémio da Imprensa Cultural, o Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores e o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco.
in Wikipedia
Em 6 de agosto de 2013 foi internado no Hospital dos Capuchos, em Lisboa, onde faleceu três dias depois. A causa da morte não foi divulgada.
Vencedor de vários galardões literários, o escritor deixa uma vasta obra, que atravessa o romance, a prosa poética, o ensaio e o conto.
Novo livro de Urbano Tavares Rodrigues"Nenhuma Vida", será publicado ainda este ano (in Jornali)
Alguns livros da sua autoria:
Entre cerca dos cem títulos que publicou, em mais de 60 anos de carreira literária, destacam-se "Bastardos do Sol", "Dissolução", "Estrada de morrer", “Agosto no Cairo: 1956”, “O Tema da Morte na Moderna Poesia Portuguesa", integrado depois em "O Tema da Morte: Ensaios”, “O Algarve na Obra de Teixeira Gomes”, “A Saudade na Poesia Portuguesa”, “A Natureza do Ato Criador”, “O último dia e o primeiro”, “Contos da solidão”, “Os insubmissos”, “Tempo de cinzas”, “Torres Milenários”, "Bastardos do Sol", “O Algarve em poema”, “Os Cadernos Secretos do Prior do Crato”.
Entrevista com Urbano Tavares Rodrigues na Antena 1, conduzida pelo jornalista Mário Galega em finais de 2012
Antena 1 - Entrevista a Urbano Tavares Rodrigues
Entrevista com Urbano Tavares Rodrigues na Antena 1, conduzida pelo jornalista Mário Galega em finais de 2012
Antena 1 - Entrevista a Urbano Tavares Rodrigues
5 comentários:
Grande perda, mas é assim a vida!
Escritor maravilhoso. Descanse em paz!
Grande escritor, pessoa adoravelmente simpático e doce. Conheci-o no meu secundário, no Liceu D. Dinis em finais dos anos setenta, durante um colóquio sobre literatura. Era ainda um jovem, pode dizer-se. Muito calmo e suave no falar. Cativou-me desde logo.
É verdade, Urbano Tavares Rodrigues foi e será sempre um símbolo do humanismo , tanto na literatura, como na vida pessoal. RIP.
Enviar um comentário