domingo, 19 de agosto de 2012

Do meu quarto vejo o Tejo



Castelo de Almourol - uma ilha no Tejo

Da varanda do meu quarto
olho o Tejo  incessante,
cumprindo o seu destino.
Tantas são as saudades,
vai fluindo, abraçar o mar,
como abraça a mãe de saudades,
o menino.
Numa mistura de revolta e alegria,
segue o seu caminho,
rumo ao mar largo e agitado.
Nada mais dele se ouvirá falar
algum dia,
no Atlântico enorme,
profundo e salgado.
É assim este Tejo em seu longo serpentear,
fértil, e determinado
na sua caminhada resoluta.
Espelho do sol,  à noite cama  do luar,
têm vida as suas margens
onde fervilha dia a dia,a labuta.
Encerra segredos, em suas águas e
lendas  de magia e mistério.
Tuas ninfas inspirarão
dores e mágoas porque
foste águas de partida
para o luso império.
Bendito sejas,  ó Tejo encantado,
berço de tantos poetas e pintores.
És rio grande de mil cores pintado,
 pai generoso e muito amado!

Mª Dulce Branquinho

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