Mais um nó na minha garganta!
Era uma jovem que a vida não quis.
Foi um pouco do futuro que se tornou passado.
Para todos os que a amam, fica a memória, a saudade, a tristeza.
Que vida é esta que dá e depois tira?
Que Deus é este que tira desta vida jovens flores?
Pouco mais era que um botão florindo e já secou!
Abraçada fortemente pela morte, não resiste.
Choram os que ficam, o céu abate-se sobre as suas vidas
e o chão foge-lhes.
Estão como que pairando sobre um mar revolto,
sem terra à vista. Como que num túnel sem luz ao fundo,
agarram-se uns aos outros e caminham devagar,
não sabem para onde.
Essa luz aparecerá, um dia:
Primeiro muito ténue e, pouco a pouco
revelar-se-á a saída.
Até lá cairão muitas vezes, ajudar-se-ão outras tantas.
Alguns hão-de querer voltar para trás, mas
a Vida empurrá-los-á para diante, enquanto ela,
a flor em botão,
permanecerá, para sempre,
longe desta vida!
Dedico estas palavras à Filipa Catarino que tão cedo deixou esta vida e a todos os que a amam e choram pela sua partida.
3 comentários:
A morte prematura é qualquer coisa inexplicável, dura demais!
O teu poema é uma bela homenagem à Filipa! Muito belo!
Isabel Gomes
Obrigada pelo comentário, Isabel. Fico contente por te teres dado ao trabalho.Volta sempre
Beijinhos
O poema está lindo, sem duvida.
É um pouco assustador ver que a vida pode acabar quando menos esperamos.
É traumatizante quando se vê alguém partir, principalmente um jovem , pois teria uma longa vida pela frente.
Mas nesta vida o tempo não pára nem volta a trás.
E com isto Deixo aqui a minha dor ao ver partir quem me pertencia *
Obrigada pela atenção , beijinho <3
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