O maior dos cineastas Portugueses e um dos mais notáveis a nível europeu, deixou-nos esta manhã.
Aos 106 anos, Manoel de Oliveira partiu deste mundo, não sem deixar uma marca indelével em toda a cultura do cinema Português, Europeu e Mundial. De uma energia contagiante e com a determinação de um jovem, Manoel Cândido Pinto de Oliveira foi um cineasta português e, segundo se diz, foi o mais velho realizador do mundo em actividade. Foi autor de trinta e duas longas-metragens.
Dos realizadores no ativo, Oliveira era o único que tinha assistido à passagem do cinema mudo ao sonoro e do preto e branco à cor. Aliás, o primeiro filme de Manoel de Oliveira foi um mudo.
Manoel de Oliveira nasceu na freguesia de Cedofeita, no Porto. Estudou na Galiza, foi atleta do Sport Club do Porto até ir para uma escola de atores fundada no Porto por Rino Lupo, cineasta italiano. Influenciado por um documentário sobre Berlim, decidiu fazer a sua primeira curta-metragem sobre a faina no Rio Douro: “Douro, Faina Fluvial”, de 1931.
Ainda tentou fazer ficção, altura em que aparece Aniki-Bobó (1942), mas acaba por interromper a carreira por mais de uma década. Volta com “O Pintor e a Cidade”, em 1956, o seu primeiro filme a cores. E prossegue uma carreira intensa, que só agora terminou com “O Velho do Restelo”, uma curta-metragem que lhe levou tempo a financiar.
Manoel de Oliveira faleceu em casa no Porto, a sua cidade natal, onde nasceu em 1908.