domingo, 20 de dezembro de 2015

Doem-me as lembranças



É no Natal que mais me doem
as lembranças!
Tempos longínquos envoltos
em coloridos tons,
imagens de alegria, 
sons de família, 
odores quentes
de uma casa viva!
As cores do Natal, presentes
em cada canto,
 iguarias feitas com amor,
 por mãos sábias
das minhas mães,
tão queridas!
Saudades, ninguém me as tira
do tempo fértil em cumplicidades,
da mesa apetitosa, 
da azáfama,
do nosso Natal!
Ouço ainda as vozes animadas
daqueles memoráveis dias,
sinto as ausências 
dos que partiram
e me fazem
tanta falta!
É assim agora o meu Natal:
Lembrança dolorosa.
Mª Dulce Branquinho

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Memórias

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Tenho na alma 
as lembranças
tão boas 
de um passado feliz!
Doem-me de tão distantes 
as memórias porque 
apenas o são.
Não as quero 
de tanto as amar!
Se as não posso jamais
 reviver, 
de que servem 
essas quimeras?
Lágrimas 
escorrem -me da alma,
por uma ilusão desfeita 
num despertar tão triste e cruel!
Eu queria ser uma pedra,
uma rocha
inerte, 
rija e
insensível.

Mª Dulce Branquinho